Cardiologista da Unimed Vale do Aço faz alerta sobre altas temperaturas

Cardiologista e intensivista da Unimed Vale do Aço, Dr. Norberto de Sá

Procurar um local a sombra tem sido a máxima nos últimos dias. Com a prevalência das altas temperaturas, chegando a casa dos 35°C ou mais em várias partes do Brasil, os cuidados precisam ser redobrados para que a desidratação e o risco de infartos sejam amenizados. O médico cooperado – cardiologista e intensivista – da Unimed Vale do Aço, Dr. Norberto de Sá, deu algumas orientações para esse período mais quente.

“Se o paciente começar a apresentar hipotensão postural, o que é isso? Se a pressão começar a baixar, se tiver a sensação que vai cair/desmaiar, náusea e as vezes até o vômito, se o volume urinário baixar. Nesses casos, significa que há um processo de desidratação, o que é um sinal de alerta”, explicou.

Temperaturas que estão acima dos 30 graus potencializam a vasodilatação no corpo – dilatação nos vasos sanguíneos que pode provocar mudanças da pressão sanguínea. Esse processo pode resultar em redução de pressão arterial, além da desidratação, gerando desmaio, tontura e até mesmo arritmia cardíaca. Além disso, em dias quentes a espessura do sangue tende a aumentar, elevando a pressão e a frequência cardíaca, resultando em riscos de infarto ou derrame.

Dados da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) apontam que nos primeiros sete meses deste ano, mais de 2.000 pessoas ficaram internadas em unidades de saúde do estado em decorrência da desidratação e seus efeitos, chegando a uma média de 10 hospitalizações/dia. Deste total, cerca de 1.178 são pessoas com mais de 60 anos.

“Idosos, crianças, diabéticos, hipertensos e obesos mórbidos são pessoas mais vulneráveis aos efeitos do calor excessivo. A principal recomendação é a hidratação prévia, e não apenas quando o corpo dá sinais de desidratação. Quando passamos mal, tendemos a náusea, que nos impede a ingestão de uma quantidade boa de líquido. Evitar a prática de atividades físicas ou exposição excessiva ao sol em horários mais críticos, como de 10h às 16h, principalmente em nossa região, que é muito quente. Priorizar uma alimentação mais leve, como saladas e frutas, também é fundamental. Mas em caso de qualquer sinal, é essencial procurar um médico”, acrescentou o cooperado.

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