Procedimento tem a vantagem de evitar uma cirurgia cardíaca convencional
O Hospital Metropolitano Vale do Aço, unidade de referência a beneficiários da Unimed Vale do Aço, registrou a realização de um procedimento inédito em sua hemodinâmica: o primeiro implante percutâneo de válvula aórtica (TAVI) com prótese balão expansível. O procedimento, que é minimamente invasivo, ou seja, sem a necessidade de cortes, como nas cirurgias abertas, ocorreu nesta terça-feira. A paciente se recupera bem.
“Este procedimento tem a vantagem de evitar uma cirurgia cardíaca convencional (abrindo o tórax), com maior risco de complicações. O procedimento foi realizado apenas com anestesia local e sedação, com grande sucesso.
Essa prótese tem uma incidência menor de distúrbios do ritmo cardíaco com necessidade de implante de marcapasso se comparado com as autoexpansiveis”, explicou o médico cooperado e cardiologista intervencionista, Dr. Pedro Paulo Neves de Castro.
Além disso, segundo o médico, se trata de um procedimento novo, que traz mais segurança ao paciente em tratamento de estenose aórtica grave. “A principal diferença é que se trata de um procedimento sem incisões cirúrgicas (sem necessidade de abrir o peito). Na cirurgia convencional o tórax fica aberto e é feita a parada cardíaca, em que o sangue circula por uma máquina – circulação extracorporea. Neste procedimento, a válvula é implantada por cateter através de uma punção e posicionada com a ajuda do raio-X”, esclareceu.
O médico ainda destacou a estrutura do HMVA para a realização da cirurgia. “Sem dúvida, a tecnologia envolvida é muito alta, demonstra a capacidade do serviço de hemodinâmica do hospital em realizar procedimentos de alta complexidade”, acrescentou.
A equipe foi composta pelos cardiologistas intervencionistas, os doutores Pedro Paulo Neves de Castro, Guilherme Abreu Nascimento e Marco Antônio Nazaré; o médico anestesiologista, dr. Guilherme Bonfá; o médico ecocardiografista, dr. Ricardo Frederico, e a equipe de enfermagem liderada pelo enfermeiro Isaac Balbino. O dr. Estevão Martins, médico que atua no Rio de Janeiro, e também Proctor da Edwards – fabricante do dispositivo – e a enfermeira especialista também auxiliaram no procedimento.