Ponte que liga as cidades de Pingo D’Água e Marliéria, na divisa com o Parque Estadual do Rio Doce, está prestes a se concretizar
A restauração da Ponte Queimada, que liga as cidades de Pingo D’Água e Marliéria, na divisa com o Parque Estadual do Rio Doce (PERD), está prestes a se concretizar. O governo federal empenhou R$1.160.074,31, recurso indicado pela deputada federal Rosângela Reis (PL), para a reforma desta ponte histórica. O empenho orçamentário assegura que os recursos estão reservados para a execução do projeto.
A prefeitura de Marliéria, responsável pela aplicação dos recursos, tem até o dia 30 deste mês para inserir o projeto executivo da obra no sistema do Governo Federal. “Essa obra é um compromisso do nosso mandato. Estamos alinhados com o prefeito Hamilton (Marliéria), que foi responsável pela elaboração do projeto. Em Brasília, conseguimos viabilizar o recurso necessário para a realização da obra. É importante ressaltar que a ponte, que liga o Vale do Aço à região de Caratinga, possui grande potencial turístico, permitindo uma exploração sustentável do Parque Estadual do Rio Doce e valorizando este marco histórico da região”, afirmou a deputada.
O comerciante José Altair Duarte, que transita na região há mais de 40 anos, relatou que nos últimos meses o trânsito de pedestres e veículos foi interrompido devido às más condições da ponte. “Eu já fiz reparos por conta própria na ponte. Meses atrás, alguém colocou fogo na ponte, deixando-a intransitável. Agora, essa notícia cria uma expectativa de resolução definitiva deste problema. É uma demanda de toda a região, prova disso são as mais de 5 mil assinaturas em um abaixo-assinado pedindo a reforma da ponte”, disse.
Ponte Queimada
A Ponte Queimada está situada entre os municípios de Pingo D’Água e Marliéria. Com cerca de 200 metros de extensão, atravessa o rio Doce em um dos limites do Parque Estadual do Rio Doce (PERD), servindo como uma das entradas para a área de preservação e acesso para veículos de salvamento e combate a incêndios.
Embora a data exata de sua construção original seja incerta, estima-se que tenha sido erguida no século XVIII ou XIX, com a abertura de uma estrada na região. Foi reconstruída na década de 1930, mantendo suas características de pilares de concreto, estrutura de ferro e piso de madeira.
O cenário que envolve a ponte, o rio Doce e a mata do Parque Estadual do Rio Doce constitui um dos atrativos turísticos da região. No entanto, a deterioração das condições da ponte levou à diminuição do tráfego pelo local. Em agosto de 2023, um incêndio criminoso danificou 10 metros da ponte, resultando na interdição total da travessia.